domingo, 18 de março de 2018

Da podridão ao dinheiro: uma visita ao Red Light District de Frankfurt



Então decidi passar sozinho no Red Light District de Frankfurt à noite. Já sabia que me esperava uma nova experiência.

Para quem não sabe, um Red Light District é um bairro (ou umas ruas) onde só se encontram bares de strip (e prostituição), sex shops, cinemas porno (onde só exibem esse tipo de filmes) e até casinos e hotéis que têm sempre por base o sexo como negócio.

Acredito que o de Frankfurt não se poderá comparar ao de Amesterdão, por exemplo, mas foi o suficiente para entender como funcionam aquelas ruas. É um mundo à parte, basicamente, numa das cidades mais modernas da Europa (mas já falo disso mais à frente)

Indo directo ao ponto. Nunca na vida tive tanta oferta de sexo, droga e convites para jogo. Sim, à medida que percorria estas ruas, várias pessoas se aproximaram com as mais variadas propostas. Homens e mulheres de todas as idades não se inibiam de me fazer convites supostamente aliciantes, mas muitos deles eram jovens imigrantes oriundos do mundo árabe (talvez até vítimas da recente crise de refugiados, mas isso é algo que não posso confirmar). Restou-me repetir imensos "não, não, não..." e continuar a explorar mais.

foto: Wikipedia


À parte de um bar chamado Moulin Rouge (obviamente não o original), uma senhora de meia idade convidou-me a entrar. Noutro bar, cujo nome não recordo, mas onde tocava a música do último 50 Sombras de Grey (apropriado?) outro homem fez-me sinal para entrar. "Hot girls inside" - podia ler-se à porta. Não fazia o meu tipo.

Algumas sex shops eram também "cinema", com algumas cabines privadas onde se podia assistir a diversos tipos de filme com vários temas diversos (o sadomasoquismo parece continuar na moda...). Mas para isso tinha que se pagar bem. Por isso entrei numa que estava aberta sem qualquer pudor e explorei tudo, encontrando coisas que eu nunca tinha imaginado ver. A fantasia não tem limites... 

Mas agora o mais curioso. Caminhando até ao fim de uma das ruas, dobra-se a esquina e está-se imediatamente no bairro mais desenvolvido de Frankfurt, onde imperam com grande imponência os arranha céus dos maiores bancos da Europa, como o Deutsche Bank ou o próprio Banco Central Europeu. Digamos que (quase) todo o dinheiro da Europa está ali, lado a lado com os maiores vícios (e podridões?)  do mundo.

Para os entendidos, vaguear por aquelas ruas foi como passar no Inferno de Dante, mas mais divertido, pelo menos para mim, porque duvido que aquilo seja uma vida muito feliz para quem lá trabalha.


Para visitar e matar a curiosidade. Mas só. 








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